Com quase
nove anos após a morte de Amy Winehouse, uma das maiores cantoras britânicas do
mundo, seu nome volta às primeiras páginas britânicas no que promete ser outra
longa história.
O britânico
Asif Kapadia, diretor do Senna (documentário sobre o falecido piloto de
Fórmula 1 Ayrton Senna), também apostou seu talento, ao dirigir o documentário de
Amy. Após a estreia, Asif causou a ira da família Winehouse, principalmente de
seu pai, o homem que, segundo o doc, inseriu a artista ao mundo das drogas e do
álcool. “Tinham uma ideia muito clara do filme que queriam fazer e não tinham
nenhuma intenção de permitir que seus amigos ou a verdade se interpusessem em
seu caminho”, relatou Mitch Winehouse no diário The Sun. Ele também é exposto
como um pai ausente, algo que marcou dolorosamente a cantora. Um ponto interessante,
foi o fato do próprio Mitch dizer se sentir satisfeito com o documentário sobre
a filha. “Recebemos muitas propostas para um documentário sobre a vida de o
trabalho de Amy. Os produtores de Senna apresentaram uma visão que
olha a história de nossa filha com sensibilidade e honestidade, sem
sensacionalismos. Queremos que seja um tributo a seu legado musical”, dizia a
nota emitida pela família Winehouse. Agora, parece que o pai de Amy mudou de
opinião.
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O projeto também apresenta acusações diretas ao ex marido da cantora, Blake Fielder-Civil, com quem ela manteve uma relação abusiva de quase uma década. Segundo ele, foi Mitch Winehouse a pessoa diante da qual Amy injetou heroína pela primeira vez. “Não sei como podem permitir que ele faça uma acusação tão dolorosa e inacreditável”, se defende Winehouse, que, segundo The Sun, conversou com seus advogados para realizar uma ação por difamação e impedir a estreia no Reino Unido. “Quando vi o filme pela primeira vez fiquei doente. Amy ficaria furiosa. Não é o que ela gostaria”, afirma.
A equipe do documentário, dentre o diretor e os produtores, se defende relatando que embarcaram no projeto com o apoio e suporte total da família. “Procuramos ser completamente objetivos. Realizamos mais de cem entrevistas e o filme é o resultado de todos esses encontros.”
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Muitos cantores,
assim como Amy, morreram aos 27 anos, dentre eles: Janis Joplin, Jimmy Hendrix
e Jim Morrison. O mais comum, se a família do protagonista não estiver diretamente
envolvida na produção e não puser dinheiro para financiá-la, é que nos
documentários dedicados a uma figura pública sejam contadas coisas incômodas
sobre sua vida pessoal. O que acontece é que “os mortos, inclusive os de pior
aspecto, adquirem caráter de santidade”, disse Diego Manrique neste jornal em
relação à polêmica criada na Espanha pela família do cantor Antonio Vega (falecido
em 2009) depois da estreia do filme Tu Voz Entre Otras Mil, de Paloma
Conejero.