Outro membro dos Beatles quase foi assassinado por um lunático

Publicado em 14/05/2020 15:39
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Neste ano completa 19 anos desde que o ex-Beatles George Harrison morreu, aos 58 anos, em decorrência de um câncer na garganta, em 2001. Porém, a vida de Harrison poderia ter sido mais breve e acabada de forma muito mais horrível, assim como de seu amigo de banda, John Lennon.

Em 1999, dois anos antes do falecimento, ele e Olivia, sua esposa, foram violentamente atacados por um fã. Na época, os dois disseram que estavam certos que nenhum deles sobreviveria aquele momento, o que afirma a clara intenção do agressor maluco em acabar com suas vidas.

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O julgamento do Michael Abram, homem que invadiu a mansão com mais de 120 quartos de Friar Park foi feito em 2000. Na ocasião o ex-Beatles contou ao tribunal o que aconteceu naquela noite de 30 de dezembro de 1999.

A mansão de Friar Park / Foto: Wikimidia Commons

A declaração de Harrison começa a partir do momento em que ele tranca a porta da casa e se junta à esposa na cama por volta das duas horas da manhã. Aproximadamente 60 minutos depois, Olivia ouviu o que parecia ser o barulho de um vidro sendo quebrado. Ainda meio desacordada e sonolenta, ela pensou que talvez um lustre tivesse caído, mas logo notou que alguém havia entrado em sua casa.

Então, George desceu para olhar a fonte do barulho enquanto Olivia chamava a polícia. Do último andar, o músico conseguiu ver a presença de um intruso. Houve até uma tentativa de conversa, mas o invasor começou a gritar desesperadamente.

O maluco subiu as escadas com uma faca na mão. O ex-Beatles sem saber o que fazer e numa decisão irracional se jogou contra o sujeito na expectativa de desarmá-lo. Em vez disso, Abram, começou a esfaqueá-lo na parte superior do peito. “Eu acreditava que tinha sido esfaqueado fatalmente”

Mesmo machucado, George continuou lutando com o homem de 33 anos. “Caímos no chão”, continuou o depoimento do músico. “Eu estava evitando golpes com as mãos. Ele estava em cima de mim esfaqueando minha parte superior do corpo”. Olivia o golpeou com um pequeno bastão do Crupiê. Então, Abram a perseguiu e começou a sufocá-la.

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Neste momento, Harrison estava sangrando e muito enfraquecido, mas ao tentar pará-lo tropeçou no meio do caminho. “Eu me senti exausto e pude sentir o vigor drenando de mim. Lembro-me vividamente de um impulso deliberado no meu peito. Eu podia ouvir meu pulmão expirar e sangue na boca. Eu acreditava que tinha sido esfaqueado fatalmente”.

Olivia, por sorte, o deixou desacordado quando o golpeou com uma lâmpada de bronze na cabeça, o que rompeu o ataque.

George Harrison e Olivia / Foto: Divulgação

A defesa de Michael Abram, durante o julgamento, afirmou que seu cliente tinha um quadro de insanidade, mas ele acabou detido “por um tempo não especificado”. Segundo o agressor disse às autoridades, assim que saiu do episódio psicótico em que estava: “No começo, ouvi a música [dos Beatles] e achei que eram boas. Mas então comecei a separar as letras de seus nomes e melodias e percebi que elas eram más”.

Abram foi inocentado da acusação de tentativa de assassinato, mas foi encaminhado para um tratamento psicológico, onde ficou por quase dois anos, sendo liberado pouco depois da morte do ex-Beatles George Harrison.

“Se eu pudesse fazer o relógio voltar no tempo, daria tudo para não ter feito o que fiz. Mas hoje percebo que estava muito doente naquela época e totalmente fora de controle”, declarou. “Muitos podem duvidar, mas com a ajuda dos remédios que estou tomando, tenho certeza de que poderei levar uma vida normal. Quero ser apenas um cara normal”.

“Só espero que a família Harrison possa, de alguma forma, encontrar em seus corações uma forma de aceitar minhas desculpas”.

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