Após ser solto, Belo diz que não sabia que local do show era comandado pelo tráfico

Publicado em 18/02/2021 15:29
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Belo foi solto no Rio de Janeiro por ordens do desembargador Milton Fernandes de Souza, que aceitou um pedido de habeas corpus da defesa do cantor.

O cantor foi solto no fim da manhã desta quinta-feira (18), às 11:20, horário de Brasília.

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(FOTO: Reprodução)

O músico tinha sido preso no início da tarde da última quarta-feira (17) pela Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ele é investigado por realizar um show com aglomeração no último final de semana.

Segundo informações da UOL, em depoimentos aos agentes da Dcod, o artista confessou que não sabia que o local do show era comandado pelo tráfico de drogas.

E segundo a defesa do cantor, ele foi contratado por R$ 65 mil para fazer o evento.

O músico ainda revelou no depoimento que quando realiza qualquer tipo de evento, a empresa Belo’s Music Empreendimentos Artísticos, os responsáveis por fazer a ponte entre as outras agências é José Alfredo da Silva Santana e Ronaldo de Carvalho Menino. 

Ele ainda disse não saber os locais que fará shows e que o responsável por isso, é José Alfredo.

O cantor ainda disse que só descobre os locais quando se encaminha para as áreas, como no caso do show no Parque União, no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Belo desceu da van que o buscou em casa e quando chegou no local, foi praticamente direto para o palco.

O famoso contou que o evento durou em torno de 80 minutos, como foi firmado pelo contrato. E ainda garantiu que não teve nenhum contato com traficantes ou pessoas armadas enquanto estava no local.

A UOL ainda teve contato com a defesa de Belo que repudiou a prisão do cantor.

“Atribuir qualquer responsabilidade ao cantor Belo, é o mesmo que dizer então que o comércio das ruas Dias Ferreira e Olegário Maciel, seriam responsáveis pelas aglomerações ali causadas, quando o certo, mais uma vez, é dizer que a responsabilidade de prevenir e/ou fiscalizar é do poder público”, disse o advgoado.

Para informações mais completas do pronunciamento do advogado de Belo, acesse aqui.

Entenda o caso:

O show do músico aconteceu no pátio do colégio estadual Ciep 326 Professor César Pernetta, localizado no Parque União, no Complexo da Maré. No entanto, a apresentação aconteceu sem a autorização da Secretaria de Estado de Educação. As autoridades também investigam a invasão ao colégio.

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Como se tal situação, por si só, não fosse absurda e suficiente para uma resposta do Estado, foi verificado junto à Seeduc que o evento ocorreu sem qualquer autorização, configurando verdadeira invasão de um prédio público para a realização de um evento privado, contrário ao interesse público e que serviu para propagar ainda mais a doença viral”, afirmou o delegado Gustavo de Mello de Castro, titular da DCOD.

Leia a nota da Assessoria de Comunicação de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro na íntegra:

A Secretaria de Estado de Polícia Civil (SEPOL), por meio da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), prendeu o cantor Belo, nesta quarta-feira (17/02), durante a operação ‘É o que eu mereço’. A ação foi em cumprimento de quatro mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça contra os responsáveis por promover a invasão e realização de um evento musical, em plena pandemia, no Ciep 326 – Professor Cesar Pernetta, localizado na comunidade Parque União, no Complexo da Maré, na última sexta-feira (12/02).

Segundo os agentes, uma produtora de eventos, por meio de seus sócios e administradores, realizou e promoveu um show musical, que durou até a manhã do sábado (13/02), em uma escola pública estadual, sem autorização da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), onde houve grande aglomeração de pessoas e risco de propagação e contaminação da Covid-19. O evento aconteceu na comunidade onde uma das maiores organizações criminosas do Rio de Janeiro atua.

Segundo a DCOD, a invasão de um estabelecimento de ensino, localizado na comunidade Parque União, uma das áreas mais conflagradas do estado, onde a maior organização criminosa do Rio de Janeiro atua, somente poderia ocorrer com a autorização do chefe criminoso da localidade, que controla a localidade há anos e figura como indiciado em diversos procedimentos policiais, sendo, inclusive, um dos bandidos mais procurados do Estado.

Além das prisões, a Justiça também decretou a suspensão das atividades da sociedade empresária e bloqueio das contas bancárias dos investigados, até que se apure os prejuízos causados pela conduta criminosa”.

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