Cantora e influencer digital Romagaga, acusa aplicativo Tinder de transfobia

Publicado em 12/07/2020 17:17
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Na madrugada deste domingo (12), a cantora e influencer digital Romagaga, famosa por seus vídeos de humor na internet, fez um longo desabafo acusando o aplicativo de paquera Tinder, por transfobia, ao excluir o seu perfil da rede social.

Olha só gente, eu não queria vir aqui ter que expor isso novamente. Quem me acompanha sabe que essa luta vem desde 2018, só que agora não dá, gente. É muita hipocrisia. Eu estou indignada“, continua a influencer: “Tentei de várias formas denunciar essa atitude transfóbica do Tinder, tentei mostrar várias vezes, mas infelizmente a militância desse bando de viado é falsa, entendeu. Tá lá o Tinder usando a bandeira LGBT, usando a causa, se promovendo, sendo que nós, trans, não temos o direito de estar no aplicativo“.

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Eu faço uma conta lá e, em um minuto, eu sou banida. Qualquer outra trans que faz é banida. Isso não é justo, isso é crime. E as pessoas LGBT estão ‘passando pano’. Isso é o que mais me indigna“, conta Romagaga sobre o processo de abrir a conta. “Gente muito tempo que eu tento denunciar, fiz vídeo no Twitter, e o Tinder continua usando a bandeira LGBT, passando a mensagem de que é – para todos. Para todos é o inferno! Pra todos é o inferno, cara***Eu já estou cansada disso“.

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“Não é só um aplicativo, não. Eu estou cansada de hipocrisia, das pessoas usarem a bandeira LGBT e nós não temos direitos nenhum. Essas empresas que estão usando aí? Quantas trans você está vendo trabalhar? Eu só vejo falar ‘direitos para todos’ e nós não estamos inclusas nesses direitos”, conta.

Quando é para atacar alguém, para destruir a vida de algum artista, todo mundo se mobiliza… mas quando é a causa de um aplicativo grande, que está cometendo um crime, sendo transfóbico, – não tem ninguém”, revela, fazendo referência do caso do cantor Nego do Borel e MC Lam.

Eu estou cansado desse povo que lucra, que ganha em cima da bandeira. Um bando de falso militante“, acrescentou a influencer. “Eu tentei reclamar, não tive apoio nenhum. Então estou aqui para pedir o apoio de todos vocês, que me seguem, para a gente protestar“, continua: “Isso me dói. Não é só a questão de um aplicativo que eu quero usar, é um direito. Quer dizer que eu, como trans, não existo“.

POSICIONAMENTO DA EMPRESA

A assessoria do aplicativo no Brasil entrou em contato com Observatório de Música reconhecendo que a ferramenta ainda possui alguns problemas mas que reafirmando que “o Tinder não bane usuários por conta da sua identidade de gênero“.

Confira a nota da assessoria abaixo:

Estamos dedicados a tornar o Tinder o melhor aplicativo para todes conhecerem novas pessoas. O Tinder não bane usuários por conta da sua identidade de gênero, por isso estamos totalmente comprometidos em desenvolver recursos inclusivos que garantam que nossos usuários possam expressar quem são em nossa plataforma. No entanto, sabemos que nosso trabalho não está concluído”.

Reconhecemos que a comunidade trans enfrenta desafios no Tinder, incluindo ser injustamente denunciada por matches potenciais. Esta é uma questão complexa e multifacetada e estamos trabalhando em estreita colaboração com organizações ao redor do mundo para melhorar constantemente nossas práticas. Recentemente, anunciamos a chegada de Identidades de Gênero no Brasil em Julho, expandindo as opções disponíveis para membros que se identificam além dos gêneros binários”. 

Todas as pessoas que acreditam que foram banidas injustamente por denúncias relacionadas a sua identidade de gênero podem nos contatar em questions@gotinder.com para que nosso time avalie e revise o caso”.

Para mais informações sobre nossos esforços para cuidar da comunidade Tinder, veja aqui“.

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