Chester Bennington teria ficado abalado com críticas sobre música antes de suicídio

Publicado em 28/07/2020 19:08
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A banda de rock Linkin Park formada em Agoura Hills, Califórnia, lançou em maio de 2017, um dos seus álbuns de estúdio mais controversos. One More Light. Meses depois, em julho daquele ano, o vocalista Chester Bennington cometeu suicídio. Seu corpo foi encontrado em sua casa em Palos Verdes Estates, Califórnia.

Muitas pessoas fizeram conexão entre as críticas que o Linkin Park recebeu por One More Light e a decisão do vocalista em tirar a própria vida. Sean Dowdell, o baterista da primeira banda de Bennington: GRAY Daze, falou sobre o estado mental de seu falecido amigo antes de sua trágica morte.

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Em entrevista à Kaaos TV, transcrita pelo Blabbermouth, ele refletiu sobre como a depressão se manifestava em Chester Bennington. Ele disse que o cantor geralmente estava feliz, mas tinha problemas internos que se manifestavam durante “um por cento do tempo“. O baterista ainda revelou, que os comentários depreciativos na internet mexeram muito com o vocalista.

Conversamos sobre alguns desses problemas que ele teve várias vezes. Ele era uma pessoa feliz na maior parte do tempo. Acho que é assim que a depressão atua: a pessoa é 99% do tempo feliz perto dos outros, em bom espírito, rindo. Caras como o ator Robin Williams e o chef Anthony Bourdain tinham essa incrível personalidade, e Chester se parecia com eles. A dor que ele sentia não era compartilhada. Vi várias vezes ao longo da vida, mas não durava muito tempo“, afirmou.

Com relação a “One More Light“, Sean Dowdell pontuou: “Não quero colocar os caras do Linkin Park no meio, mas acho que eles concordariam. Quando eles lançaram ‘One More Light’, não foi recebido da forma que esperavam – ou que Chester esperava, pelo menos – e rolou muita reação negativa, o que o incomodou muito. Falamos muito disso. Ele ficava tão chateado que detonava pessoas no Twitter e ficava triste por isso. Eu dizia a ele: ‘cara, não ligue para isso, não vale a pena, a música é boa‘.”

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O baterista destacou que músicos de bandas como o Linkin Park “dão duro para fazer esses discos e são acostumados a receber elogios dos fãs“. “Quando lançam algo como ‘One More Light’, 95% gostam, mas tem os 5% que reclamam, gastam tanto tempo com isso que ficam só atrás de um teclado sendo perdedores“, disse.

Ainda durante o bate-papo, o músico criticou os internautas que ofendem os outros nas redes sociais e expôs como isso impactava Chester. “Não entendo o que faz alguém ser fã de Chester e adorar tudo ou quase tudo que ele fez, aí ele lança uma música que a pessoa não gosta, e essa pessoa vai lá xingar, falar que ele é ruim, ou coisa do tipo. Isso pesou muito para ele. Ele sofreu abuso sexual quando criança e isso sempre teve um peso. Chester nunca se sentia bom o bastante, ou admirado pelas pessoas, ou valioso o suficiente“, afirmou.

Ele completa: “Havia esse vazio por dentro que não acho que ele conseguia explicar. Eu conhecia muito bem esse lado. Ele tinha milhares de pessoas querendo conhecê-lo depois de um show, para elogiá-lo, para dizerem que ele mudou a vida deles todos, mas ele não ouvia isso internamente. Ele agradecia, mas sentia que não era o bastante“.

Por fim, Sean Dowdell revelou que já teve esse tipo de conversa com Chester Bennington antes. “Ele dizia que não se sentia bom ou inteligente o bastante. Eu dizia que não ligava se ele era um bom cantor, mas, sim, uma boa pessoa, eu me importava com a pessoa que ele era. Ele foi um dos melhores amigos que alguém poderia ter“, concluiu.

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