Ludmilla fez uma entrevista emocionante com a empregada doméstica Mirtes Souza, mãe do menino Miguel de cinco anos que morreu ao ser deixado sob os cuidados da patroa em um prédio de luxo em Recife. Na entrevista, a mãe diz que ultimamente só sente desprezo pela ex-chefe.
“A dor pela perda do meu filho vai ser eterna”, diz.
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A entrevista integra o projeto humanitário, cultural e global “Lifesaving Conversations” (Conversas Que Salvam Vidas). Ele visa arrecadar fundos para redes de apoio ao redor do mundo. Esse é o primeiro episódio do projeto e apoia o Ação da Cidadania.
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No vídeo de mais de 34 minutos, Ludmilla e Mirtes Souza conversam sobre racismo. A mãe de Miguel começa a entender como o racismo estrutural valeu a vida de seu filho de cinco anos.
“Me dizem ‘Se fosse o filho da amiga dela? A maioria são brancos. Ela com certeza teria tirado ali de dentro. Mas como foi seu filho, o filho da empregada, negra, ela não tirou’. São várias coisas que vem à cabeça. Às vezes penso que foi racismo, às vezes penso que foi falta de paciência”, diz.
O discurso de Mirtes denota uma discriminação que ela talvez nem perceba. O racismo estrutural com o qual está acostumada: é sua realidade. Ela diz que a patroa nunca “fez diferenciação” dela. Mirtes conta que comia e usava os mesmos talheres que a chefe, como se isso fosse uma grande atitude.
Por outro lado, ela diz que no momento só sente desprezo pela patroa e que, infelizmente, não pensa mais em futuro desde que perdeu o filho. “Não tenho mais perspectiva de futuro sem meu filho. Eu tinha muitos planos, muitos planos mesmo, e eles foram embora junto com meu filho no caixão”, fala. Tudo o que quer é justiça. Seus pensamentos estão todos voltados para Miguel.
Assista ao vídeo completo: