Ludmilla fala sobre protestos contra racismo em premiação: “Pontinha do iceberg”

Publicado em 13/11/2020 19:14
Publicidade

Carregando...

Não foi possível carregar anúncio

Com performances ao vivo e gravadas remotamente em regiões do Brasil, o Prêmio Multishow 2020 aconteceu nesta quarta-feira (dia 11). Ludmilla levou o prêmio pela melhor canção com o single ‘Verdinha’.

A cantora fez um medley de “Cheguei”, “Verdinha” e também sua nova música “Rainha da Favela”. Contudo, o momento foi de arrepiar, quando Lud colocou alguns trechos que mencionavam o racismo que passou, além de outras situações de preconceito. No meio deles aparece um trecho em que a vereadora de João Pessoa, Eliza Virgínia, a chama de criminosa.

Publicidade

Carregando...

Não foi possível carregar anúncio

Em uma entrevista realizada por live com Hugo Gloss, a cantora se abriu sobre o preconceito que vem sofrendo ao longe de sua carreira.

É muito complicado você ter que se afirmar toda hora, você ter que provar toda hora que merece estar ali. E chegou uma hora que eu não quis mais provar que eu merecia estar ali, sabe. Eu só faço e eu estou ali porque eu sou isso, eu não tenho mais nada que provar para essas pessoas. E eu quis deixar aqueles áudios para o Brasil inteiro saber o que eu passo, o que eu enfrento. E, às vezes, algumas pessoas não entendem algumas atitudes minhas. Mas é tipo só a pontinha do iceberg de tudo o que acontece comigo nos bastidores”.

VEJA MAIS: Após difícil término com Luísa Sonza, Whindersson Nunes revela solidão

Eu fui pesquisar mais sobre racismo, o que acontece… E eu estava vendo um filme que mostra que antigamente, na época da escravidão, quando um negro sabia fazer uma coisa a mais do que um branco, tipo, sabia ler, cantar melhor ou tocar algum instrumento melhor, apanhava, levava chibatada por isso. E, na nossa atualidade, essas chibatadas são esses ataques. Porque tem gente que não aceita uma preta estar no topo. Uma preta ter um carro melhor do que um branco. Uma preta estar numa posição melhor. Uma preta estar vestida melhor. Uma preta estar falando melhor. Estar se posicionando e estar pegando o seu lugar de fala, que é o seu de verdade. E aí, vêm as chibatadas. Só que antigamente era aquela escravidão, era aquilo tudo, era tudo amarrado. Hoje, a gente tem liberdade. Hoje eu sou livre para fazer o que eu quiser. Hoje, ninguém pode me prender”, afirmou Ludmilla.

Assista a apresentação:

Publicidade

Carregando...

Não foi possível carregar anúncio