Lula concorda com Mano Brown ao dizer que o PT “errou muito”

Publicado em 03/12/2021 13:01
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Nesta quinta-feira (2), o ex-presidente Lula afirma que o PT “errou muita coisa”, concordando até mesmo a fala do rapper Mano Brown que, disse em 2018, que o partido não estava mais conseguindo falar com a população, concordando. Lula deu as declarações ao participar do podcast Podpah. Em mais de duas horas de conversa, em clima de descontração, o petista criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL), chamado por ele de “anomalia política”, questionou o fim do Bolsa Família e disse que atualmente é “moda se dizer ignorante”.

Quando questionado sobre o momento do PT, disse que não se pode “sair da periferia” e que é necessário ir ao povo onde está. O cantor Mano Brown disse em comício em 2018 que o partido não tinha conseguido “falar a língua do povo”. Lula disse que o artista aliado estava certo quando questionado sobre isso. “Ir na porta de banco, vai na porta de fábrica, vai nos bairros. Conversar com o povo”, disse. Sobre os erros nos mandatos do PT, disse: “Acho que o PT cometeu muitos erros, deve ter errado, deve ter parado de fazer as coisas”. Mas ele não detalhou quais erros considera que o partido cometeu. O ex-presidente disse que mesmo quando você é vaiado, é preciso entender os motivos.

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Além disso, Lula pontuou que, assim como muitos pedem, não cabe ao PT que faça uma autocrítica e sim, que isso cabe aos adversários. “Nunca vi ninguém pedir a Fernando Henrique Cardoso que fosse autocrítico”, disse. Sobre a eleição de 2022, ele reafirmou que ainda vai decidir se será candidato, mas disse que está disposto a voltar. Ele criticou outros possíveis adversários, como João Doria (PSDB), afirmou que, por este ser rico, ele não tem conhecimento da situação da população.

Mano Brown e Wagner Moura: um papo sobre arte e política no Mano a Mano

O podcast Original Spotify Mano a Mano chega ao seu penúltimo episódio nesta quinta, 2. Desta vez, Mano Brown recebe o ator e cineasta Wagner Moura para um papo reto. Escute grátis, só Spotify.

Crédito:Jef Delgado/Spotify

Um dos pontos de encontro entre os artistas é o longa recém-lançado no Brasil Marighella, para o qual o rapper foi convidado pelo diretor para protagonizar, mas não prosseguiu pela falta de agenda. “Eu acho que eu não nasci pra isso e aprendi a respeitar muito mais a profissão de ator. Não é fácil e não é pra qualquer um. Tem que estudar, tem que ter tempo, tem que ter compromisso. Você tem que ser livre, tem que renunciar muita coisa, dos seus próprios complexos. Eu não sei como vocês lidam com isso quando estão sozinhos”, confessa Mano Brown.

Política é outro tema da conversa. Wagner relembra em que momento a pauta despertou seu interesse. “Quando eu comecei a entender que eu vi coisas que não faziam sentido, foi quando eu comecei a procurar saber. (…) Minha casa não era uma casa de gente politizada. (…) Depois que eu entrei para a faculdade de Jornalismo, aí sim, aos 17 anos, abriu um mundo”, comenta Wagner.

Wagner também relembra um dos primeiros shows que viu dos Racionais, em Salvador. “Eu nunca vou esquecer aquele show. Você chamou uns moleques do rap de Salvador no palco, você rimou, você fez freestyle com um moleque lá. E eu nunca vou esquecer aquilo, cara. Aquele cara era muito zangado. Era uma raiva muito potente e compreensível”, recorda. Em seguida, o diretor questiona o que mudou daquela época em relação ao Brown de hoje. “Eu não sou cheio de razão. Eu não afirmo mais nada com tanta convicção. Tá tudo em mutação. Só com 50 anos você percebe isso. Com 20 anos, você é um incendiário, e depois dos 30, vira bombeiro. Você quer corrigir as coisas, aquelas músicas, aqueles machismos, aqueles erros brutais da juventude que só o jovem tem direito a cometer”, responde o MC.

O podcast Original Spotify Mano a Mano, conduzido por Mano Brown, tem novos episódios toda quinta-feira com uma conversa direta com personalidades do esporte à política, da música à religião. O último episódio vai ao ar na semana que vem, dia 09 de dezembro. Nos episódios anteriores, Mano Brown recebeu a cantora Karol Conká, o médico Drauzio Varella, o ex-Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, os craques veteranos do Santos Futebol Clube Juary, Gilberto Sorriso e Pita, o pastor Henrique Vieira, o vereador da cidade de São Paulo Fernando Holiday, o técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo, a cantora e compositora Leci Brandão, o rapper Djonga, a cantora Ludmilla, o casal de atores Taís Araújo e Lázaro Ramos, o professor e arqueólogo Rodrigo Silva, a cantora Gloria Groove e a filósofa e escritora Djamila Ribeiro.

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