Há poucos dias para a eleição presidencial, a cantora carioca Preta Gil declarou seu voto para os mais de 6 milhões de seguidores que lhe seguem no Instagram. A cantora que havia criticado a campanha #EleNão, afirmou que votará no presidenciável Fernando Haddad, do PT, para combater a onda de facismo representada pelo candidato Jair Bolsonaro, do PSL. “Você que me disse que não é fascista, que vota no Bolsonaro porque é anti-PT. Então eu sou antifascista, por isso vou votar no Haddad e não sou petista”, afirmou a cantora.
Na legenda, a cantora ainda afirma que nunca chegou a votar no PT em outras eleições.“Chega certa altura da vida que enfrentamos situações extremas. Como, por exemplo, a que vivemos agora, quando fica muito difícil atingir um equilíbrio, já que um lado da balança não tem NADA com o que me identifico e o outro não seria minha opção a princípio. Existem certas coisas que NUNCA serão admissíveis como: intolerância, barbárie, violações de direitos humanos adquiridos, discurso de ódio, incitação à violência, roubo, corrupção e por aí vai”, escreveu.
Na postagem, Preta Gil ainda pediu para que os eleitores não lhe desrespeitem por declarar abertamente seu voto. “Eu tenho tentado respeitar e principalmente dialogar com amigos e familiares que pensam diferente de mim. Ninguém é obrigado a concordar com o outro e independentemente do resultado, o que importa é que teremos que conviver a partir do respeito, com as nossas diferenças na maneira de ser ou pensar, sem violência. O Brasil é de TODOS os brasileiros”, concluiu.
Preta Gil critica campanha “Ele Não” e se manifesta sobre Bolsonaro
Desafiada por Anitta a apoiar a campanha #EleNão contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ), a cantora Preta Gil publicou um longo desabafo onde critica a iniciativa. Segundo a artista, o desafio virtual acaba forçando as pessoas a adotarem uma posição que talvez elas não queiram ou não se sintam confortáveis para assumir.
Apesar de alfinetar a “corrente” que atualmente repercute entre diversos famosos, a artista declarou que não vota nem apoia Jair Bolsonaro. A cantora resgatou um antigo vídeo em que foi ofendida pelo político, durante uma entrevista do ex-deputado ao extinto programa CQC, da Band, ainda em 2011. Na ocasião, o político sugeriu que Preta Gil vivia em um “ambiente de promiscuidade” e que não aprovaria o fato de alguns dos seus filhos namorarem uma “mulher como ela”.
“Não precisa ser desafiada para falar o que já é óbvio, público e notório há sete anos, parece até que se esqueceram desses vídeos, pode até ter edição, mas a intenção de me agredir não teve. Não tem como eu apoiar um candidato que fez agressões gratuitas, calúnias e difamações a mim, a minha família e a tantos outros”, explicou a artista.
“Eu já senti na pele a fúria do mesmo [Jair Bolsonaro] e de seus eleitores, e não me intimidei, nem entrei no jogo da violência, segui sendo quem eu sou, lutando pelos meus ideais com amor e respeito e defendendo o que considero certo sem precisar ofender ninguém”, continuou a cantora.
“Não me sinto no direito de desafiar ninguém a declarar repúdio ou apoio a ninguém, cada pessoa se posiciona ou não, por livre e espontânea vontade e deve ser respeitada. #SouEleNão há 7 anos e sei que está difícil, que estamos cansados, mas não podemos deixar o ódio dominar nossas vidas”, afirmou.
“Vote em quem quiser, mas não agrida ninguém, não ameace as pessoas, isso não está certo. Sigo aqui na paz, lutando por mim e por todos e todas que são diariamente atacados por discursos e atitudes racistas, homofóbicas e machistas!!! Ps: vocês que me cobraram posicionamento esses dias, que me xingaram e me ameaçaram, vocês não me conhecem, já meus fãs conhecem meu caráter e minha índole, eles não me cobram e não me julgam, eles me apoiam”, finalizou Preta Gil.