Confira!

Publicação antiga de Rita Lee sobre Bolsonaro volta a repercutir na web

Publicado em 30/11/2021 11:34
Publicidade

Carregando...

Não foi possível carregar anúncio

Nesta segunda-feira (29), o nome da cantora “Rita Lee” ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter no Brasil. Mas ela não foi a única, o nome “Aristides”, também foi parar nos assuntos. Mas, o que uma coisa tem a ver com a outra? Bom, vamos te explicar. As informações são da Revista Fórum.

O termo “Aristides” ganhou repercussão pois a mulher que teria xingado Jair Bolsonaro neste domingo (28), quando o presidente acenava para motoristas na Via Dutra, teria o chamado de “noivinha do Aristides”. A mulher chegou a ser detida pelo fato.

Publicidade

Carregando...

Não foi possível carregar anúncio

Segundo informações que circulam na redes, o “sargento” Aristides teria sido instrutor de judô à época em que Jair Bolsonaro cursou a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman).

De acordo com Toni Bulhões, a revelação teria feita sido por Jarbas Passarinho, que foi ministro durante a Ditadura Militar e, como senador já na República, desprezava Bolsonaro.

“Aristides era o sargento em cuja cama, segundo Jarbas Passarinho, o então tenente ia chorar as mágoas, nas noites quentes de verão dos aquartelados”, diz o tuíte.

A partir das insinuações sobre Bolsonaro e “Aristides”, internautas resgataram uma postagem feita pela cantora Rita Lee em 2011 em que dizia, em tom de ironia, que teve um “caso” com o presidente.

“Bolsonaro e eu tivemos um caso. Ele não era muito chegado na coisa, se é que me entendem. Terminamos porque ‘Bolsinho’ tava de olho num colega de classe”, diz a publicação, que já havia voltado a circular durante a campanha nas eleições de 2018.

A publicação de Rita Lee fazia parte de uma sequência de postagens da cantora debochando de Bolsonaro. As postagens, no entanto, se tratavam de uma brincadeira da artista.

Em 2018, o site Boatos chegou a esclarecer a história. “O primeiro ponto que denuncia a farsa é cronológico. Rita Lee nasceu em 31 de dezembro de 1947 em São Paulo. Até o início dos Mutantes (quando ela tinha 18 anos), ela viveu na capital paulista e estudou no Liceu Pasteur (colégio de gente rica). Quando Rita Lee já estava nos Mutantes, Bolsonaro tinha 11 anos e morava no interior de São Paulo. Aos 18, ele entrou na Escola de Cadetes”, diz um trecho da matéria.

“A ‘série’ sobre Bolsonaro foi motivada por polêmicas causadas pelo político durante uma entrevista para o programa CQC (extinto em 2015) em 2011. Logo após ele ter dado uma resposta supostamente racista à cantora Preta Gil, Rita Lee fez as publicações. Em 2013, muitas dessas publicações (que incluíam polêmicas com a Globo, Corinthians etc) viraram um livro em parceria com a cartunista Laerte”, prossegue o Boatos, que enfatiza que as postagens de Rita Lee se tratavam de uma fanfic.

Rita Lee está de volta com “Change”, seu primeiro lançamento em 9 anos

Rita Lee está cheia dos presentes para seus fãs. Primeiro, uma exposição do seu acervo no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, e segundo, o anuncio de um novo single chamado “Change”! A música será uma parceria com Roberto de Carvalho, seu companheiro musical e de vida, e Gui Borato.

(FOTO: Reprodução)

A faixa é o primeiro lançamento musical da rainha do rock nacional em nove anos, desde o álbum “Reza” (2012), anunciada na última sexta-feira (24) e disponibilizada nas plataformas de áudio nesta segunda-feira (27). O single provoca, ao menos, duas sensações nos ouvintes-fãs: as de que Rita Lee sempre esteve artisticamente à frente do seu tempo e parece nunca ter parado de lançar músicas.

Confira:

“Change” é um convite de Rita para o seu mundo colorido, para o escapismo. É um ato pop singelo, porém muito refinado, vindo de quem presenteou a música brasileira com hits por mais de quatro décadas e ainda inspira gerações. Aos 73 anos e tratando um câncer no pulmão, ela mostra que continua nas pistas de dança, brincando, pensando a vida e fazendo um monte de gente feliz. Misturando versos em inglês e francês, o novo single poderia ser entregue a qualquer cantora gringa que estivesse com vontade de se arriscar no recente resgaste musical dos anos 70/80, mas Rita é uma das principais referências dessas décadas e, por isso, interpreta com maestria e remodela os elementos com leveza.

VEJA MAIS: Claudia Leitte interrompe show ao ouvir coro de fãs gritando “Fora Bolsonaro”

Saiba tudo sobre a exposição de Rita Lee no MIS SP

Uma explosão de cores, de música e de alegria. Assim pode ser descrita a exposição Samsung Rock Exhibition Rita Lee realizada pela Dançar Marketing em parceria com o Ministério do Turismo por meio da Secretaria Especial da Cultura, com patrocínio máster da Samsung, patrocínio da XP e Porto Seguro e apoio UNINASSAU. A mostra sobre a maior roqueira do planeta, abriu hoje, quinta-feira (23) no MIS (Museu de Imagem e do Som), Instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.

“Sou dessas acumuladoras que não jogam fora nem papel de embrulho e barbante. Vou adorar abrir meu baú e dividir as histórias que as traquitanas contam com quem for visitar. Tenho recebido ajuda de uma turma da pesada: o grand maestro da cenografia é do meu querido Chico Spinosa, meu figurinista e carnavalesco da Vai-Vai; a direção é do meu multitalentoso Guilherme Samora e a curadoria é do meu filho João”, conta Rita Lee.

“É muito emocionante. Tem uma parte dessa história que vivi com ela e tem outra que não estava aqui ainda. Então, ver essas roupas, esses momentos tomarem vida, é muito emocionante. São personagens, também, de meus sonhos e imaginação. E é a história de vida da minha mãe. E isso mexe diretamente com minha emoção”, avalia João Lee, o curador.

Rita Lee ganha exposição no MIS SP (Foto: Guilherme Samora_ Dançar Marketing)

E essa mistura deu à exposição um jeito muito próprio, como conta Guilherme Samora, o diretor artístico. “Acredito que as pessoas vão se surpreender. Existe tanto acervo da Rita que o que enfrentamos nessa exposição foi justamente a edição do que ficaria de fora. Artigos preciosos e raridades não faltam. Por isso, ela foge do estilo de exposições com muitas reproduções ou essencialmente virtuais. Durante a montagem, fiquei arrepiado em diversos momentos, só de sentir o valor de cada peça, de cada sala. Tudo lá tem um motivo. E uma das grandes preciosidades é justamente ter o Chico Spinosa, que trabalhou com a Rita pela primeira vez em 1982, nessa viagem com a gente.”

Spinosa é um artista. Ao visitar a exposição, nada ali é fruto de um padrão, de uma forma ou de escala industrial. Tudo foi pensado, feito e readaptado para uma realidade colorida, seguindo o roteiro da direção: uma roqueira cheia de cor que chega à Terra em um disco voador. Detalhes, como uma aura de Aparecida ou das estrelas feitas à mão, assim como a recriação do palco giratório da tour 1982/1983 (ou O Circo, como ficou conhecida), tudo é feito para a mostra. Artesanal, no melhor sentido da palavra. A equipe colocou o trabalho em cada letra pintada na parede, em cada figurino que precisou ser restaurado ou em cada peruca: todas, com cores e cortes estudados.

Spinosa fala da emoção desse momento: “Encontrar com Rita Lee foi primordial para minha carreira. Alguns anos atrás, nos encontramos para fazer o especial ‘O Circo’, da TV Globo. Eu, paulista, chegando na Globo vindo da TV Tupi, fui fazer o figurino desse especial e foi um marco. Foi como tomar um lisérgico. Rita mudou totalmente a minha maneira de ver. Eu conheci o pop, eu fiquei encantado com a energia, com o colorido e com a estética que essa mulher tem. Nos encontramos outras vezes, em outros trabalhos: no manto de Nossa Senhora Aparecida para o Hollywood Rock de 1995, na Marca da Zorra, nas cabeças de Santa Rita de Sampa, na Erva Venenosa… hoje, com esse convite para a cenografia e o restauro dos figurinos para a exposição, tenho certeza de que Rita sempre foi o melhor do pop e o melhor de mim. Revendo toda a sua obra, me coloco de quatro a essa poetisa. A quem respeito muito. Nesse encontro, aos meus 70 anos, ela me dá energia e me faz mais criativo”.

Um dos destaques? As manequins, com estudos de Spinosa e Samora, e feitas uma a uma por Clívia Cohen, em posições de Rita, com o rosto da artista em todas elas, com uma precisão surreal e excelente interpretação artística.

A divisão das salas é temática e, em tantos casos, afetiva. E Rita tem suas preferências: “Todas as peças contam uma história diferente e engraçada. Mas o vestido de noiva que Leila Diniz usou e a bota prateada da Biba eu dou valor. E ambos são produtos de roubo”, diverte-se Rita, ao lembrar que nunca devolveu o vestido depois de usar numa apresentação dos Mutantes e da famosa história das botas, com as quais saiu andando da butique Biba, de Londres, em 1973. Ela não só foi perdoada pela estilista Barbara Hulanicki, a criadora das botas, como ganhou dela os figurinos da tour Babilônia (1978) que também estão expostos. Assim como o piano de mais de 100 anos que era da mãe de Rita, Chesa, que foi o instrumento com o qual ela teve seu primeiro contato com a música.

O encontro e o amor de Rita e Roberto de Carvalho; a repressão da ditadura (Rita é a compositora mais proibida, segundo dados da época) e a prisão; a família; a causa animal e obras de arte da Rita têm destaque. Assim como estruturas criadas especialmente para a mostra, como o palco giratório, a manequim que levita, o Peter Pan que sobrevoa a entrada…

O estúdio é um caso à parte: terá uma experiência de áudio imersivo que utiliza a tecnologia Dolby Atmos, com projeto desenvolvido pela ANZ Immersive Audio, trazendo uma experiência sonora imersiva para a sala da exposição baseada em um estúdio. Ultrapassando a reprodução de som da maneira convencional, o áudio imersivo proporciona uma escuta similar à vida real, com sons acima, abaixo, aos lados, na diagonal, em toda sua volta. A ANZ espacializou músicas da rainha do rock em 3D, e preparou uma instalação na qual as caixas de som, de altíssima qualidade, foram perfeitamente posicionadas para o público escutar algumas de suas obras como nunca: vindas de todas as direções. “É uma tecnologia que permite que a gente consiga ouvir vários detalhes da música que antigamente a gente não conseguiria. Vai dar claridade aos elementos e muito mais profundidade. E vai ser superinteressante: ao invés de a música te pegar só na direita e esquerda, ela te pega em 360°”, explica João.

Um detalhe especial – e que vai levar a exposição a outro nível – é a visita guiada pela própria Rita Lee. Através de QRCodes, os visitantes poderão ouvi-la contando sobre alas, peças, histórias… “Achamos que ia ficar simpático ter minha voz narrando as histórias das peças, me sinto mais íntima do visitante. Não seria exagero dizer que esta exposição vai ser a mais bacana até agora, porque foi pensada para dar alegria às pessoas no meio de tantas tristezas”.

Guilherme Samora chama atenção para um fato: “Rita é especial. Grande estrela desse universo. Uma mulher cheia de luz e de camadas. Ela representa a liberdade, o colorido, o amor. E é justamente isso que queremos passar na exposição. Portanto, destaco aqui a liberdade criativa que a Dançar Marketing nos concedeu. É essencial ter essa liberdade e esse apoio num projeto que envolva Rita”.

Para Pedro Bianco, presidente da Dançar Marketing, o projeto é especial. “Sem dúvida alguma é uma das exposições mais significativas e marcantes na história da música brasileira. É imperdível! ‘Agora só falta você’”, afirma.

Publicidade

Carregando...

Não foi possível carregar anúncio