No ano de 2020, tentando fazer um resgate especial sobre a história da dançarina de funk Lacraia, uma ativista acabou fazendo o nome da falecida artista ir para os trending topics do Twitter. Com uma série de mensagens no Twitter organizados numa Thread, a diretora da Nova Associação de Travestis e Transexuais de Pernambuco, Caia Coelho, explicou que desenvolveu um fascínio pela dançarina ao longo de sua trajetória, porém somente em 2016 decidiu dar início a um processo de pesquisa sobre a vida e obra de Lacraia.
“Em 2016, já com 23, ainda lembrava dela “alegre”, mas uma entrevista da sua mãe dizendo que a filha era triste me surpreendeu. Por isso, há quatros anos comecei a pesquisar”, escreveu a ativista. Os tuítes feitos por Caia apontaram também que Lacraia já tinha trabalhado em ofícios mais populares como camelô e cabeleireira, antes de se tornar reconhecida nacionalmente através das parcerias nos funks de MC Serginho e por causa das participações frequentes na televisão em programas como o Domingo Legal.
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Caia aponta ainda que Lacraia em inúmeros momentos sofreu racismo e transfobia durante participações na televisão, sendo exposta ao ridículo e se limitando ao mero papel de alívio cômico para a audiência.
“No Programa da Eliana, Lacraia encenou um casamento fake, mas o noivo se recusou a repetir as palavras do “padre” (“legítima esposa”) e não beijou a noiva ao final da cerimônia. Supostamente essa era “a graça” do quadro”, aponta Caia.
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A postagem original com as revelações de Lacraia contou com mais de 74 mil curtidas e a ativista revelou desejo em produzir um filme sobre Lacraia. A artista que na verdade se chamava Marco Aurélio da Silva morreu em maio de 2011. Confira a história completa que viralizou abaixo: