Walkyria Santos fala sobre orientação sexual do filho: “Não era gay”

Publicado em 07/08/2021 14:47
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Walkyria Santos voltou a falar sobre a morte do filho, Lucas Santos, nesta quinta-feira (5). Aos 16 anos, o adolescente atentou contra a própria vida após virar alvo de comentários maldosos na internet. Em seu perfil no Instagram, a cantora negou que o menino fosse gay e afastou boatos sobre agressividade da irmã.

“Dando uma passada um pouco nas redes sociais, vejo muita gente ainda falando ‘ah, ele acabou fazendo isso porque tem muito medo da tia, porque a tia bate nele’. Gente, minha irmã é mais do que uma tia, foi muito mais mãe do que eu. Ela repreendia mesmo, muito mais do que eu, até porque eu sempre trabalhei fora cantando e ela tinha que ter aquele pulso firme com eles”, explicou a cantora.

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Walkyria Santos fala sobre a perda do filho (FOTO: Reprodução)

Walkyria disse que Lucas nunca apanhou da tia e o pedido para apagar o post aconteceu para evitar ataques de haters. “Lucas tinha uma mania de quando ele fazia alguma coisa, já dizia, ‘tia, vou botar uma armadura. Porque sei que a senhora vai me dar uma pisa’. Meu Deus, nunca levou uma pisa, era só beijo e abraço. Não foi o vídeo que ela não estava aprovando, eram os comentários que a gente e já sabia que iam ter, porque as pessoas são ruins demais, maldosas”, continuou.

Ela também falou sobre a sexualidade de Lucas, afirmando que amaria o filho em qualquer circunstância. “E muitos estão perguntando: ‘mas ele era gay e estava com medo de assumir?’. Não, gente, meu filho não era gay. E, se fosse, seria meu filho do mesmo jeito. Foi uma brincadeira de adolescente que ele achou que ia ser engraçado, mas as pessoas não entenderam. Por isso que eu e a tia dele pedimos para ele apagar o vídeo, porque eu sei o quanto a internet está doente, eu vivo na internet, e sei que a cabecinha dele não ia aguentar os comentários maldosos e foi isso que aconteceu. Então, parem de julgar. Se ponham um pouco no nosso lugar.”

Após morte do filho de Walkyria Santos, Projeto de Lei contra haters é apresentado

O filho da cantora Walkyria Santos, Lucas Santos, de 16 anos, atentou contra a própria vida na última terça-feira (3) por conta de mensagens de ódio em um dos seus vídeos no TikTok. Após o ocorrido, Julian Lemos, deputado federal pelo PSL, apresentou o Projeto de Lei (PL) nº 2699/2021, segundo a colunista Fábia Oliveira, do jornal O Dia.

O Projeto de Lei prevê pena de 1 a 4 anos de reclusão e multa para quem usar as redes sociais para disseminar o ódio ou proferir comentários discriminatórias de qualquer natureza, que cause dano a integridade psíquica da criança e do adolescente.

Amigo que gravou vídeo com filho de Walkyria Santos, presta homenagem a Lucas

Lucas Santos, filho da cantora de forró Walkyria Santos, tirou a própria vida após virar alvo de comentários maldosos por um vídeo que publicou no TikTok. O jovem, que tinha 16 anos, foi encontrado morto em sua casa em Natal, no RN, na terça-feira (3). Agora, o colunista Igor Araújo, do Giro dos Famosos, trouxe à tona a publicação que motivou os ataques de haters.

No registro, Lucas Santos aparece com um amigo e simula que irá beijá-lo, o que não acontece. O que era para ser uma brincadeira, no entanto, gerou uma série de mensagens homofóbicas nos comentários. O jovem teria cometido suicídio por conta dos ataques.

Dois dias após a tragédia, o amigo de Lucas, Rainer , que também tem apenas 16 anos e aparece no vídeo, prestou uma homenagem ao filho de Walkyria Santos.

“Você vai ficar marcado no meu coração para sempre. Nunca vou te esquecer. Te amo mais que tudo, nunca vou esquecer nossos momentos juntos. Nossa química que todo mundo dizia que era grande. Que mais de 750 mil pessoas falavam que a gente era um casal sem a gente ser. A brincadeira e alegria que você me deu com um TikTok foi perfeita. Agradeço por tudo que você fez por mim. Minha nova estrelinha está brilhando e dando alegria ao céu. Você está comigo para sempre. Você sempre vai ter um lugar no meu coração.”

VEJA MAIS: Marido de Nicki Minaj chega a acordo na Justiça após não se registrar como agressor sexual

Suicídio

O suicídio é considerado pelo Ministério da Saúde como um problema de saúde pública, complexo, multifacetado e de múltiplas determinações, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. Todos os anos, cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).

No Brasil, uma pessoa morre por suicídio a cada hora, enquanto outras três tentaram se matar sem sucesso no mesmo período. O assunto é tão complexo que muitas pessoas evitam falar a respeito, o que nem sempre é a melhor decisão. Um problema dessa magnitude não pode ser negligenciado, pois sabe-se que o suicídio pode ser prevenido. Uma comunicação correta, responsável e ética é uma ferramenta importante para evitar o efeito contágio. Centro de Valorização da Vida Uma das entidades que ajuda pessoas com pensamentos tristes e depressivos é o Centro de Valorização da Vida, o CVV. A organização existe há anos graças ao trabalho voluntário de centenas de pessoas. O atendimento é gratuito e pode ser feito por telefone e internet. O telefone que tem cobertura para todo Brasil é 188.

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