Confira!

Zélia Duncan apresenta o álbum “Pelespírito”, que celebra seus 40 anos de carreira

Projeto também marca seu retorno à Universal Music

Publicado em 21/05/2021 14:34
Publicidade

Carregando...

Não foi possível carregar anúncio

Seria um caminho natural escolher por celebrar seus 40 anos de carreira com um projeto revisionista, ainda mais nesse momento inimaginável que o mundo está vivendo. São muitos os motivos. O necessário distanciamento físico, a (compreensível) dificuldade de inspiração, a triste realidade do atual cenário político-social, as perdas, as inúmeras perdas…

Mas Zélia Duncan escolheu transformar suas dúvidas e dores em música. E assim ela apresenta hoje “Pelespírito”, álbum que celebra suas quatro décadas de ofício e marca o seu retorno à Universal Music, companhia pela qual ela lançou discos como “Sortimento” (2001), “Eu Me Transformo em Outras” (2004), “Pré Pós Tudo Bossa Band” (2005), entre outros.

Publicidade

Carregando...

Não foi possível carregar anúncio

VEJA TAMBÉM: Criador de série famosa DETONA participação de Justin Bieber: “Problemático”

Pelespírito” é fruto de um encontro musical profundo com o poeta e produtor pernambucano Juliano Holanda, ao lado de quem Zélia compôs todas as 15 faixas que figuram no disco. “Meu novo encontro com o Juliano foi um acaso. Eu compus com várias pessoas durante esse tempo. Parceiros amados e queridos, como Ana Costa, Xande de Pilares, Lucina, Marcos Valle, Ivan Lins… Tem sido incrível, mas, num certo momento, eu e o Juliano nos conectamos de uma maneira muito profunda, porque ele teve uma disponibilidade muito grande para mim e vice-versa. Esse álbum também é um diálogo meu com ele, que mora em Recife. A gente não se viu e começou a compor por WhatsApp e a coisa fluiu de uma maneira absurda”, revela Zélia.

Nessas 15 canções tão íntimas e confessionais, Zélia passeia por ritmos como folk e country (“Viramos pó?”), rock´n´roll (“Nas horas cruas”), sertanejo nordestino e pantaneiro (“Tudo por nada”) e blues (“Sua cara tá grudada em mim”). Nele, a cantora propõe perguntas (“Onde é que isso vai dar?”, “O que se perdeu?”), faz declarações de amor (“Nossas coisinhas” e “Sua cara”), acenos e homenagens (“Você rainha”). E fecha o álbum deixando explícita a sua crença de que tudo vai ficar bem (“Vai melhorar”).

Esse disco foi todo feito nesse clima de mistério. Claro que a vida é um grande mistério, mas a gente está num momento especialmente enigmático, porque estamos lidando com um vírus. E isso para nós, artistas, nos atingiu na espinha e no coração do nosso ofício, que prevê o encontro. A arte precisa se encontrar com quem vai absorvê-la de alguma forma. No caso da música e da performance, é muito difícil ficar longe de tudo isso”, conta Zélia.

O álbum foi gravado entre 2020 e 2021 em vários home studios. Zélia e Webster Santos gravaram em suas respectivas casas, em São Paulo, Juliano Holanda em Pernambuco, Léo Brandão em Curitiba, Christiaan Oyens em Londres e Ézio Filho no Rio de Janeiro. E assim o projeto nasceu em plena pandemia.

Agora, após um ano e pouco disso tudo, temos experiência com esse sofrimento. Só que ele está virando música, livro, quadro, coreografia, peça teatral. E é isso que nós artistas temos que produzir e inventar todo dia. Porque não é só o fato de não estar trabalhando num palco, encontrando as pessoas, é uma coisa íntima também. No meu caso, isso virou muitas coisas. E uma delas é esse álbum, que é absolutamente especial para mim. Porque é um álbum todo autoral e todo feito com o Juliano Holanda. Ele é um desejo de ser um pequeno documento meu. E eu adoraria que ele pudesse mapear um pouquinho o momento das pessoas também. Porque as músicas têm isso. Elas pertencem a quem as ouve, a quem se apodera delas”, diz generosamente a cantora.

Publicidade

Carregando...

Não foi possível carregar anúncio